Quando acordo, de sonhar-te,
recordo a hipnoterapia
que minh'alma sentia
ao ver no teu rosto
o sorriso carente
que resplandecia.
Recordo, o meu corpo numa infinita leveza,
ao quase só etereamente tocar-te
para, depois abraçar-te
com suave firmeza.
Recordo o centro das tuas pupilas, a reflectir
o meu desejo, tão ardente,
por consumir
e no castanho adjacente,
ficar alienado a contemplar,
esse diamante negro cravado no teu globo ocular.
Recordo as estrelas nesta mente louca,
criadas nas papilas da minha língua sob o céu da tua boca
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema