Poemas : 

Teias

 

Fez-se noite na madrugada
guiam-me os reflexos cegos
no infinito corredor
dos espelhos.

Tombo ou prossigo?

Desço ao pôr-do-sol dos instantes
onde me reconheço
nos ponteiros dos assuntos pendentes.

Há um espaço demorado
mudo tardio oxidado
onde o frio agride a face
e os passos quebram as asas
na ausência do olhar.

Brotam teias da janela
deixo a vidraça sangrar.


Recolho o vento entre os dedos
escoa-se o tempo
alheio ao chamamento da moldura
inacabada.



 
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maria.ana
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