Quantas portas ainda se vão fechar
Quantas saudades?
Quantas lágrimas ainda vão rolar
Quantas verdades?
Se a mentir eu aprendi
Foi só contigo,
Tanta verdade,
Tanta verdade,
Tanto castigo.
Uma bolha sempre rebenta no seu tempo
Se não existir
um fino pico
Para o tormento.
Se ar ou água,
Sódio ou amor,
Pus ou fervor
Ao encontrarem-se
Ocasionalmente
Dois pesarosos olhos de calor.
Como uma flor
Pintada a ódio
De amarelo em céu azul
Que já não sabe
O que é
O amor.
Cantiga prenhe
Onde só perde
Onde só morre
Onde só nasce
Um vencedor.