Poemas : 

Menina embriagada de queijo

 


Como pode
O teu Virgíneo
Olhar
Procurar
A luz
Ao contrário

Olha mais de perto
O espelho
Dos olhos…
…toda a luz
Viaja
Na procura
Da sua fonte

O brilho
Da face
Procura
O berço
Da alma

Aquela
Que ama
Com
A sinceridade
Interrogável

Minha amiga...

Essa lágrima
Refletida
Na retina
Já foi chama
Agora é ferida

Mas nenhum amor
Mingua com a dor
Da ausência

Pode sim
Precisar da fisioterapia
Do “acreditar”
Para voltar
A rosar as bochechas
Ou a andar de cavalinhas
Nos beirais do mar









 
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Oizýs
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Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 23/04/2023 07:52  Atualizado: 23/04/2023 07:52
Usuário desde: 06/11/2007
Localidade:
Mensagens: 1940
 Re: Menina embriagada de queijo
Se não fosse a "...fisioterapia..." da última estrofe e este poema tinha ido para a minha secção do fórum iniciada pelo Benjamin.
Achei-a um pouco prosaica para o resto do poema. Gostos, o que se há de fazer.

A miséria que o teu nome quer afinal dizer em grego, na mitologia clássica, tem muito pouco a ver com a riqueza simples dos teus poemas. Daquilo que nos tens mostrado\publicado.

Acho o título um gozo pegado.
Tudo bem que o queijo e o vinho são produtos da fermentação, mas até o primeiro embriagar é preciso um bocado.

Pensando bem, em tempos idos era dito que a falta de memória acontecia por comer muito.
Será o esquecimento essa embriaguez?

No que diz respeito à forma, optaste pelo desrespeito.
Visualmente, a métrica muito curta aparenta uma coluna encostada à esquerda (ou à direita, do lado do poema).
Apontada para cima, porque um bocado longa...

Há alguns lugares comuns que gosto de ler reinventados, ou reflectidos como:

"...Mas nenhum amor
Mingua com a dor
Da ausência..."

O senhor Virgíneo deve estar muito contente.

Desculpa este fim.

Bem vindo\a aos meus favoritos.