Poemas : 

Inercias imutáveis

 
 



para que serve as vontades com rédeas

os sentimentos presos às guelras

se vivo num deserto seco
no meio de um oásis a meio

ai coração
escondido
feito bandido

só roubou
saudade
e ilusão
sendo incapaz
de furtar
o sentimento
protegido
de um íntimo

talvez
seja melhor ir
aprender
com as folhas
das palmeiras
que protegem
as sementes
de amor


ou talvez ficar
a observar a lua
[gémea do desacreditar]
sempre cai devagar
antes do sol chegar

vou esgotar o saldo dos dias
e no fim
ralhar com as serpentes
na tentativa de curar-me com o veneno dos seus dentes
sem rastejar
na terra
que me viu pisar






 
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Modgud
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