Existem caminhos, nunca outrora percorridos,
em que a esperança desce o sopé da colina
e como um riacho toca-me e alcança-me.
Esta paz que me envolve leve e solta
tatuada em mim, traz-me versos de alegria
que chegam de mansinho e me tomam
como aquela pequenina flor plantada no meu sorriso e a melodia da minha alma agora sarada, chega estridente.
Caminhos fechados que se desbravam,
portas encerradas que se abrem de mansinho,
como quem escuta a voz do amor.
Reconheço-o pelo perfume e beleza que jorra,
cuja fragrância é envolvente como
o eco que se faz na alma.
Existem caminhos inimagináveis,
caminhos que são aprazíveis
que nos fazem sentir os odores da infância,
da inocência e da verdade.
Sentada no caminho, ouço vozes, muitas vozes mas no meio deste turbilhão ensurdecedor apuro a audição e a tua voz soa inconfundível, no meio da multidão.
Existem caminhos aplanados pela espera,
caminhos que são como morada,
casa alva do pensamento!
(Alice Vaz De Barros)
Alice Vaz De Barros