Minha joia do Nilo, Não sei ter em meu peito, Um coração ruim, Um coração vazio d’amor. Neste peito Que é tão teu quanto meu, Não cabem dessabores Dum coração ruim, Que afoga almas no lago Das lágrimas e encaminha Paixões pra o lago da dor, Que arranha corações Dos que amam e querem Ser amados. Em meu coração de portas Escancaradas às delícias, Só existe o bate-bate rimado Ao imensurável querer Que sinto por ti. Um querer que nasce Das profundezas da minh’alma, E tem como estuário o teu Cândido coração. Não, não sei amar sem te amar, Minha noiva, minha lua dourada! Neste peito blindado com teu amor, Só existe doçura, claro, estando eu Ao teu lado a toda a hora, a todos Os dias, a todas as primaveras, Até que o anjo Gabriel me leve ao altar Do bom Deus. Quando esse dia chegar, Levarei teus beijos n’alma E teus mimos no coração, e, de braços Dados, adentraremos no céu – nosso Eterno lar.