Luso-Poemas
 
Prosas Poéticas : 

Sou tudo e não sou nada

 
Open in new window

Sou tudo e não sou nada,
O tudo sem tudo de tudo
Pra vida existir.
Sou o fundo dos mares
Guardião dos corais,
Sou servo das sereias
E pintor do sorriso da lua.
Sou tudo e não sou nada,
Sou areias da praia
Cirandadas pelo sopro do vento,
Pisadas pelos pés das donzelas
E deusas – rainhas do amor.
Sou vagas do mar,
Que dançam com tempestades
Nos atalhos da lua-cheia.
Sou o tam-tam dos tambores,
Que anunciam a morte
Nas ruelas do meu bairro.
Sou tudo e não sou nada,
Sou o vento da madrugada,
Que penteia prados e vales.
Sou o sol de verão,
Que desnuda donzelas
Com seu enamorado olhar,
Sou frio do inverno,
Que congela corações
Com seu sopro tropical.
Sou tudo e não sou nada,
O tudo sem tudo de tudo
No existir da vida que carrego.

Adelino Gomes-nhaca

Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
502
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
3 pontos
1
1
0
Recentes
Tristeza, dor e morte
Se os beijos falassem…
Ecos da verdade
Remorso não traz o passado de volta
Mãe, deusa na terra dos homens
Aleatórios
Palavras-bala
Jogo da cintura perfeita
Na quentura da tua cama
Cada canto seu encanto
Achei teus beijos no jardim das acácias
Favoritos
Duzentos
Apocalipse (Santo), profano
Jornada
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 14/09/2023 16:37  Atualizado: 14/09/2023 16:41
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8309
 Re: Sou tudo e não sou nada
Ser rei ou governante sem alma,
é ser tudo e não ser nada.

Open in new window

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre