Gosto daquele vento
Aquele que toca a minha pele
Bem de mansinho
A tempestade rejeito
Crio uma cabana
E cerco com tijolos
Tenho muitas linhas vazias
As apaguei
Foi aos pouquinho
Simplesmente vazia
Um pouco triste
Muito mais leve
Foi o vento que descamou
A tempestade cria uma casca
Só não posso desmanchar com lágrimas
Tenho um outro espaço
Agora sem linha para desenhar
O meu corpo deixado no papel
Acabo de me sentir como uma folha
Olhando para o céu
Em suas mãos gosto de lhe observar
Gosto do que gruda na pele sem preconceito
Admiro a diversidade que faz movimentar
Atraso é por alguma razão idiota dizer que não é bom
Maria Gabriela
A alma é tingida com a cor de seus pensamentos. (Marco Aurélio, meditação)