
Borda da mata
Em criança morei perto de um mato
Nos fundos do sítio tinha um regato
Com uma correnteza tão cristalina
No rio foi colocada uma roda d'água
Que para nossa casa bombeava água
Que vinha de uma pequena mina
Em nossa casa não havia sequer luz
O claro vinha da lua que o conduz
Ou então da iluminação de lamparina
A gente achava um pouco de graça
Pois o cabelo ficava cor de fumaça
Ao fazer os deveres de casa de rotina
Mas assim mesmo a gente era feliz
Nos domingos a gente ia para a matriz
Também os amiguinhos estavam por lá
Festas não havia a qualquer momento.
Somente quando havia um casamento
Se comia bem e se tomava guaraná
Bem perto do rio havia um monjolinho
Que ficava bem próximo ao caminho
Descascava arroz e café e socava milho
E batia o tempo todo sem nunca parar
Mas era preciso muito tempo esperar
Pois ia trabalhando bem devagarinho.
jmd/Maringá, 24.04.25
verde
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