Começa pela cabeça,
mas quem mais sente: o peito.
Antes que me aborreça,
porque me deixa aflito,
como que pode o membro
tão próximo um do outro
criar uma sensação
de distância?
Bom, voltando ao poema:
Começa pela cabeça.
Sou levado para épocas
onde a vida começa,
onde se cria memórias,
algumas, talvez, vividas,
outras, talvez, criadas.
Tudo isso acontece
com uma mania besta.
Deitado em uma vida
morta, sem luz e largada.
Eu queria ser alguém!
Hoje, com os olhos fechados,
quero ser além de nada.