Poemas : 

Clareira

 
 
Nos mais lindos jardins eu vi escuridão
Queria que o azul trouxesse resplendor
E lembro quanta tristeza há na outra mão
Que o vermelho fosse só paixão e não dor

Diferentes versões de uma mesma canção
Queria fazer jus a palavras nobres de carinho
Então rompe a noite revelando sua condição
Um tornado destruindo o que está no caminho

Eterno confronto entre anjos e antigos demônios
Tem vezes que me interpelo sobre qual seria a fonte
A verdadeira cor de meu coração e de meus neurônios
Fendas por onde escrevo versos que lanço ao horizonte

A única certeza na qual insisto em acreditar é na fogueira
No fogo que alimenta meu corpo sentida em meus dedos
Que as palavras que trago ao mundo sejam uma maneira
Não de expurgar mas de dar paz aos demônios que hospedo

Deus abençoe as clareiras de cada um
Carlos Correa

 
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CarlosCorrea
 
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