Há uma voz meiga que vem da noite surge do ar
E ela fascina te envolve como se fosse a neblina
Submerge sua mente em imagens de outro lugar
Aos poucos se aproxima sutil como uma bailarina
Tão perto não importa torna-se prisioneiro do olhar
Do seu toque de seu hálito de baunilha do carvalho
Seus passos te guiam na direção de um antigo pomar
Seus beijos têm sabor de maçã de romã cai o orvalho
O amanhecer se aproxima é o limite de sua presença
Há uma escolha romper o dia ou ouvir a canção e voltar
No movimento mais coração que das pernas a sentença
Pra dentro da cerração retornará sempre que cair o luar
Deus abençoe e nos absolva de nossas escolhas
Carlos Correa