Poemas : 

Poema Não Gourmet

 


tinha uma espinha atravessada nos dedos
coisas de comer peixe cru
mas, como sempre
valeu-se da tenacidade
a pinçar daqui e dali
e os pedaços que caíam
ressaltavam do fundo
no fim, de dedos já afastados
mastigava de novo
tudo já palavras só comestíveis
e nada gourmet


26-05-2025


 
Autor
AlexandreCosta
 
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Enviado por Tópico
Aline Lima
Publicado: 27/05/2025 01:50  Atualizado: 27/05/2025 01:50
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 Re: Poema Não Gourmet p/AlexandreCosta
Gostei da textura. A poesia transforma o áspero em algo que se mastiga e vira palavra, um convite à crueza, um sabor autêntico que realmente pega.