há olhos despidos de lágrimas
incontornáveis
espinhos que as rosas acariciam
meios medos a dois
que te dormem na mão
só dói dor que não se sente
ao relento de um por de sol
de rugas escritas na pele
com dedos de pontas gastas
não há deserto que nos cegue
certos desgostos
malditos, que permanecem
lá alto, no firmamento
não importa o qu'almejo, ali chegar
se a vida não tiver defeito
o mundo não foge
de outro esquecimento
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma