Poemas : 

Espinhos de rosa branca em páginas de algodão

 


Ninguém toca o pergaminho intacto.

O papel

brando e impassível

esconde cicatrizes

que não se confessam.




No ventre de páginas desfeitas

sangram raízes de um nome esquecido

silabário rasgado em espinhos vorazes.




O algodão sufoca o verbo

repousa como véu sobre um tempo morto




[ fantasma mudo de histórias sem retorno. ]




Entre frestas

o silêncio trama a sua emboscada.




E a rosa

espectro pálido

devora o espaço

com a sua sede branca.







 
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idália
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