quando a fonte morre
esperar-se-ia a tempestade densa
um vento de empurrar o corpo
e que lavasse
o sangue entre as mãos
mas o desertor
só espera o deserto sem oásis
e das nuvens que lhe emanam
nada florescerá
senão o mármore de sal
a crescer para a terra dos não moribundos
aqueles que morrem para a vida
e vivem para a morte
só os canalhas não morrem assim
esses
que vivem da morte
nunca morrem dentro
20-05-2025