Luso-Poemas
Poemas : 

a rua...

 


sustenta lâmpadas
que insistem em brilhar
mesmo quando a cidade
inteira finge que apaga

não há pulsos na silhueta
__ há contorces sinuosos
enquanto sente aos que andam
com alma descalça

deixa-se esticar
em concreto mudo
para ser tumulo de palavras
enterradas entre as pedras
à espera de uma escuta
que não tenha pressa

de quem sente e lê
o mundo com os pés
os olhos
e a pele
e compreende que
cada rachadura do chão
é um grito antigo que correu
sem ser ouvido.

deixa-se ser caminho feito
mais de sentir
do que de chegar

entre passos e esperas
entre o agora e o talvez






Inconstante...

Open in new window

 
Autor
MarySSantos
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
21
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
3 pontos
1
1
0
Recentes
a rua...
o poder encontra o homem
monólogo de vitrine
escrivaninha torta
despojos
Aleatórios
poema cantado
ENVELHECER com TERNURA (de JBMendes)
tapa sem mão
inimigo-irmão
Janelas vestidas de flores nas cortinas
Favoritos
Da cor da vigília tensa de uma noite solitária
tem dias
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
MÁRIO52
Publicado: 01/07/2025 23:28  Atualizado: 01/07/2025 23:28
Colaborador
Usuário desde: 24/02/2025
Localidade: PORTO-PORTUGAL
Mensagens: 610
 Re: a rua...
Se as pedras da rua falassem...tinha muito que contar!...

Gostei bastante desta "a rua...", estimada Mary.

Abraço e uma boa noite!

Mário Margaride

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre