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Estilhaços

 
Tags:  saudade    dor    desilusão  
 


É tão clara a dor, tão incansável
A torturar os olhos que não dormem
E se ao poeta dói, mais dói no homem
Que não sonha no tecto inevitável...

É tão ruim o bicho no abdómen,
A soltar essa bílis intragável
Que a saudade tem tanto de inefável
Como de ácidos reles que nos comem!

Assim se trepa a noite, à desgarrada,
Com murros que entram à badalada,
Contando todo o tempo até ser dia...

Sim, cerro punhos à sina traçada
E já os lanço à imagem calada...
Estilhaços de vidro... e de azia!


 
Autor
AlexandreCosta
 
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