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Alegro-me que como um sopro suave passaste aqui para lembrar-me que tenho eu um lugar reservado no teu coração.
Sinto-o bem ali, palpitando no teu peito, perto da varanda, onde bate o sol e venta equânime enquanto desfolho lento toda lembrança da sua poesia.
Depois dos tantos moinho raivosos, ergo-me. Espero que a partir de breves dias me tragam pelo menos três sorrisos de graça e uma respiração mais cadenciada.
Quando te penso, sinto tua presença aproximada aqui no meu leito, olho para fora da janela e acompanho o surgimento da lua cheia invernal cercada de cintilantes estrelas num fundo de céu enegrecido pela noite longa de inverno.
Lembranças boas, quem sabe possível, até um motivo pra eu dançar sozinho mentalmente entre as pétalas das flores esperadas céleres numa próxima primavera.