Sonetos : 

De súbito (soneto)

 
Tags:  amor    poeta    cerrado    luciano    Spagnol    súbito  
 
 
Eu passava na poesia ermo e errante
Vago, tal um verso de poética escura
E tu vieste, de súbito, com a ternura
Sua... me inteirando em um instante

Passei a inspirar tão mais significante
Poetizando rimas de sonante alvura
Ungindo a versificação com a doçura
E afago de um sentimento alucinante

Foi depois de ti. Ó sensação intensiva
Aos teus pés eu depositei a finalidade
Fazendo, então, a minha poesia viva

Agora dói no versejar toda a saudade
A que faz ter n’alma lembrança ativa
E ao soneto concepção de felicidade.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 agosto, 2025, 14’27” – Araguari, MG


Poesia é quando escrevemos o monólgo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado
 
Autor
LucianoSpagnol
 
Texto
Data
Leituras
138
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
4
3
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Benjamin Pó
Publicado: 19/08/2025 10:18  Atualizado: 19/08/2025 10:18
Administrador
Usuário desde: 02/10/2021
Localidade:
Mensagens: 851
 De súbito p/ LucianoSpagnol
.
Vejo aqui uma inspiração camoniana, amigo LucianoSpagnol.

O seu soneto lembra a canção IX, mais conhecida pelo incipit "Junto de um seco, fero e estéril monte", sobretudo nos versos:

"e logo se me ajuntam esperanças
com que a fronte, tornada mais serena,
torna os tormentos graves
em saudades brandas e suaves."


Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 19/08/2025 11:38  Atualizado: 19/08/2025 11:38
Administrador
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 1298
 Re: De súbito (soneto)
Gostei da ideia de personificação do soneto, feliz por nascer da desilusão do poeta

um abraço