| Enviado por | Tópico |
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| Rogério Beça | Publicado: 25/08/2025 16:50 Atualizado: 25/08/2025 20:25 |
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2. Dedal
Se se vão os anéis, ficam os dedos, são vinte, quase todos amputados e seguimos de mãos e pés atados, destapados, coxos, não há segredos. Acostumados a drones, torpedos, a coronéis, tantos outros soldados, vamos, a zero, tod'alienados, contados pelos dedos e azedos. Tudo marcha depressa e não passa, em cada praça o tempo não cessa, sem verbo, sem horas, sem minutos. Vão-se os anéis, fica esta desgraça, dedos esfolados onde começa o que não se conta, eternos lutos. In Dez Sonetos da Guerra na Crimeia por partes |