Poemas : 

Guerra (E)Universal

 
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hoje serei o rio bravo
montanha abaixo
a dilacerar penedos
a engrumá-los
à bolina
até à foz

amanhã serei a fornalha
vulcão incandescente
a cuspir das entranhas
o visco destruidor
que cria maciços

depois serei o furacão
o vento feroz
que varre a terra
que leva a imundície
os pós, as cinzas, os estercos
o entulho todo

por fim serei descanso
numa poltrona, a baloiçar
à espera dos sonhos
que ainda guardo
enquanto
o vento suave
a chuva fresca
e os raios do sol
trazem de novo a vida


 
Autor
AlexandreCosta
 
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