
Soneto: Do Ser ou Não Ser
Penso: todo o poder está na alma,
Como se fosse o motor do ser.
É do homem, em todo o seu saber —
Talvez você tenha alguma ressalva.
Se divergir, o faça com calma,
Para a alma, loucura é prazer;
Também é delicadeza e alva,
Mesmo na questão de ser ou não ser.
Por ser um rosto perdido nas sombras,
M’alma submerge em escuras ondas;
Sou quem não acredita no saber.
Sei que a realidade de mim zomba;
Na loucura eu voo como uma pomba,
Não renego que nunca eu quis crer.
Alexandre Montalvan
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