Não há chuva, não há flores,
nem crianças a sorrir,
se o Homem toma as dores,
no que ainda está no porvir.
Vive-se o agora, repetidamente,
até ser certeza profunda,
para então ser, mais à frente,
as ruas abertas, de uma rotunda.
Depressa e bem não há quem,
que devagar se vai ao longe.
Digam-me, se já viram alguém,
viver o amanhã antes do hoje?
Construir estradas, pontes,
mente aberta sem ponto obscuro,
é como dar bem defrontes,
com o que nos espera no futuro.
Depois, regressa-se ao lado de cá,
com segurança e esp’rança.
Que o que se amanhou hoje e há
é o tudo… e mantém a pujança…
Jorge Humberto
15/11/2025