Tu, mãe
que para mim eras tudo
numa altura em que começava a conhecer o mundo
hoje, pouco me falas
pouco me olhas e perguntas “ então filha ? “
perdi a admiração por ti
causaste-me tanta turbulência
tanta desordem
Quem és tu ?
ensinaste-me pouco mas uma coisa importante
aprendi
Ensinaste-me a não ser como tu
Criaste-me para que tivesse medo do mundo
para que tivesse medo de mim
desvalorizavas as minhas capacidades porque para ti
não seria fácil aceitar algo que te causava desconforto
o meu conhecimento é o teu desconcerto
perdes-te o controlo
admite