Poemas : 

à Madrugada

 
Desde a linha do horizonte
até estes olhos que sentem esse perfume,
há um agora que sei que se repete
e nunca, jamais, será o mesmo

e me acaricia.

Dista disto que nomeio,
que ofendo, que me toca por dentro,
sem o qual não há fim
nem meio.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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