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Guasca

 
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Guasca

Eu nunca pedi bexiga pra patrão nem pra milico
Por isso ninguém me obriga a ser pelego ou pinico
Não choro por rapariga nem tiro chapéu pra rico
E onde a gaita choraminga eu ganho a vida no bico

Jamais arrotei grandeza pois fortuna não me encanta
Porque a minha riqueza Deus já me deu na garganta
Sou mais um que vira a mesa e faz chover quando canta
Pois pra pelear com a tristeza a minha voz se levanta

Sou do Rio Grande do Sul e por isso não me calo
Por entre o verde e o azul em qualquer parte me instalo
E onde não querem que eu cante meu canto vai a cavalo
Levando a noite por diante, igual ao canto do galo

Pra daninho ou pra tirano quando a vida se escancara
Não saio queimando o pano pra ver a coisa mais clara
No sufoco me abano faço soltar as amarras
Atazanado o fulano com acordes de guitarra

Por bem eu dou a guaiaca, fico liso sem um pila
Porém a ponta de faca ninguém me tira da trilha
Afinal não tenho marca, nem herança de família
Porque um dia nasci guasca, no lombo dessa Coxilha.

jmd/Maringá, 18.12.25

Composição - Vaine Darde e Pedro Ortaça

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verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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