Deus não nasce da ideia do homem.
Ele não depende de crença, símbolo ou linguagem para existir.
Deus a Si mesmo se completa.
Nada que o homem pensa acrescenta algo a Deus.
Nada que o homem organiza O define.
Toda ideologia termina onde Deus começa.
Para o homem, Deus não é posse,
não é extensão da vontade humana,
não é objeto de uso espiritual.
Deus pode ser para o homem apenas aquilo
que Ele mesmo permite ser.
O homem não sobe até Deus.
Deus, quando quer, se faz acessível.
E esse acesso não acontece por ideias,
nem por obras,
nem por mediações humanas.
O que Deus é para o homem
passa somente por Jesus.
Não como construção religiosa,
mas como decisão divina.
Fora disso, Deus permanece completo,
separado,
intocado pelo pensamento humano.
O homem pode conhecer limites,
pode receber graça,
pode ser alcançado —
mas nunca definir Deus.
Deus não precisa ser explicado.
Ele não precisa ser defendido.
Ele não precisa ser representado.
Ele é.
E isso basta.