Ah que terra esta que me agarra
e me prende por minha própria vontade.
Tão cheia de alma, de um maduro viver de calma.
Inundada de poetas e profetas,
De artistas e de improvisados malabaristas...
Para onde me levo inquieta por tão intensa profundidade?
Meu querer não é o de estar aqui, nem de ir,
É o de viver este SONHO a sorrir
Dentro e fora, em mim e em ti.
A voz da pátria pediu-me que parta
E que no meu regresso lhe traga
A chama que acender lhe está em falta.
Atear ardor na dor,
Incendiar de paixão o sofrimento,
Abrasar com o nosso amor esta saudade do sentimento.
Abraçar com um novo amor esta saudade de que: "Sem ti, minto!"
Em vindo, trago nova tinta e pinto
Esta tela branca,
Ainda virgem e criança.
Quem? A tela ou eu?
Eu, tu, tudo em sua origem. Como Jesus e Deus!
Adeus.