Quem será aquela moça que aí passa,
 Pela praça, com uma bolsa girando,
 Do que será que ela pode achar graça,
 Na desgraça da vida que vai levando?
 Vende o seu corpo por pouco dinheiro,
 Vivendo sempre sujeita às infermidades,
 Que podem destruir seu corpo inteiro,
 Mas nem sempre confessam a realidade.
 Quando um dia perder sua mocidade,
 Com saudade vai chorar seu passado
 E a profissão que perdeu pela idade.
 Não penses que esta antiga profissão,
 É uma vida tão fácil com todos dizem,
 Pois, infelizes são as que nela estão.
                
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