“Olha pro céu meu amor...”
Cantava... e dançava Joana
A quadrilha seguia frenética
“veja como ele está lindo...”
Roda, gira, toma, joga.
João só olhava e crescia
“Olha praquele balão multicor...”
Joana... linda, colorida
Vibrante, suor escorrendo na tez morena
“que lá no céu vai surgindo...”
João se consome, se dói todo
Ciúmes de sua colorida Joana
“Foi numa noite, igual a essa”
- Olha a cobra!
- Olha a chuva!...!
“que tu me deste o teu coração...!
Outro agarra, e rodopia Joana
Joana..., Jooaanaaa!
“O céu estava azul em festa...”
Gritos! um ai! espanto...
A quadrilha pára
“pois era noite de São João...”
Joana no chão
João.. cadê João?
“havia balão no ar...”
fugiu e se matou com outro tiro
Acabou-se Joana e João. São João
“Olha pro céu meu amor...”
o mais importante não se conta, se constrói com o não dito, com o subentendido, a alusão”. (Piglia)[/color][/color]