Poemas : 

PRISIONEIRO DE MIM

 
vivo prisioneiro de mim
machuca-me o par de algemas
disfarçado em dois poemas
sem começo meio ou fim

queria gritar não posso
tenho a boca amordaçada
e uma lâmina afiada
encostada em meu pescoço

roendo os ossos das horas
que passam pelo meu nariz
indaga-me uma meretriz:
- "Ah, poeta, por quem choras?"

não respondo e dou de ombros
respiro o escuro da noite
e a cada golpe do açoite
me perco nos meus assombros

_______________

júlio, 16-07-08


Júlio Saraiva

 
Autor
Julio Saraiva
 
Texto
Data
Leituras
823
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/07/2008 16:05  Atualizado: 16/07/2008 16:05
 Re: PRISIONEIRO DE MIM
POETA AMIGO E IRMÃO JULIO, ADOREI ESTE SEU POEMA, N[AO SEI A CAUSA DE SEU DESGOSTO NEM A RAZÃO DA NAVALHA ENCONTADA A SUA GARGANTA, MAS ADOREI O POEMA.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/07/2008 23:32  Atualizado: 16/07/2008 23:32
 Re: PRISIONEIRO DE MIM
Gosto. E compreendo...
Parabéns,
beijinho