Além do que aqui se
consome, pondo de
lado a estupidez,
procuro tocar no mais
doente e nojento verme.
Sou dependente do viscoso,
rugoso, proscrito.
Repugnante até para os mais
exemplares diminutos seres.
Mas vivo bem com isso.
Quando escavo os meus
sentimentos,
acabo num lugar esquisito,
frio, escuro, mas, único,... meu,
eu.
Tiro de lá aquilo que sou.
Aquilo que quero.
Onde me sinto bem.
Não quero companhia,
mas quem vier
da enxurrada não consegue
escapar.
Passando a mão no meu
cabelo, a mente acena
ao corpo e dá-lhe confiança
e sumo para esta loção.
Esta minhoca que rasteja por
aqui, mantém-se firme.
Até ao fim.
Não ditado por ti.
É o destino.
Quem vive para alguém,
não merece ninguém.
Vasco pompaelo*