Há que ter coragem
para morrer de pé,
- diz a fogueira mãe
ás labaredas guerreiras.
Há que saber amar o tempo
na idade do viver,
para nascer e morrer
no mesmo dó,
e depois anoitecer,
- diz a lua á manhã
no bocejar da aurora.
Há que ter fé,
acreditar no reacender das cinzas,
há que espicaçar a vida
para que o lume dos sonhos
não se coalhe e apague,
- dizem os olhos com raivas
ao dia seguinte...