Poemas -> Reflexão : 

O juízo não existe

 
O dia nasceu pleno de graças e novas mil.
Disponho-me a agarrar o meu quinhão com coragem.
Ambas as mãos cravadas no Justo e a boca bem aberta.

O juizo não existe
Nada é meu quando longe
O que faço é o que existe
Tudo é nas minhas mãos

A Vida novinha em folha e um tinteiro cheio de sangue
Sem desejos mas cheio de vontades tomo os cornos do touro
Tocando as sangrentas e mudas cornetas proclamo as minhas vitórias

A Morte não é triste
Só o Agora importa
Alegra-te com o que viste
Entra na próxima porta

Cansado e satisfeito acordo de mais um sonho


A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.

 
Autor
Paulolx
Autor
 
Texto
Data
Leituras
748
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 20/09/2008 17:00  Atualizado: 20/09/2008 17:00
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: O juízo não existe
Este seu poema está excelente. Adorei
a reflexão que faz sobre a vida e consequências...
Vóny Ferreira