Poemas : 

A Menina e o Barro

 

Olhos de azeviche

Corpo ossudo

Coberto por trapos

A menina desnutrida

Magricela, cor que some...

Come barro, ilude a vida

Dorme muito para esquecer

Da fome...

Ai, menina linda

De cabelos desgrenhados

Quem dera estes homens pudessem ver...

E suas ganancias fizessem uma tregua

Para que o barro virasse uma sopa

Um bocado de farinha com carne...

E um caderno, uma escola e uma regua.





Nina Araujo





O poeta Walmar Belarmino assim diz:
“CORAÇÃO DE POETA É TÃO SENSÍVEL,
TÃO SENSÍVEL DE UM JEITO IMENSURÁVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÍVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCÁVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÁVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO ...

 
Autor
NinaAraújo
 
Texto
Data
Leituras
1397
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/10/2008 00:24  Atualizado: 14/10/2008 00:24
 Re: A Menina e o Barro
«poema com sede e fome:
poema só: e sem nome.»

In Sem nome, Domingos da Mota

Belo o seu poema,

DM