Prosas Poéticas : 

Penumbra do Desejo

 
Penumbra do Desejo
 
Ela já não caminhava serena nos trilhos do coração.

A intempérie interior tinha varrido todos os sonhos, mesmo aqueles que ainda iriam florescer no jardim da alma. Agora as áleas da memória estavam devastadas. Nem as lembranças afagavam mais o seu ser. A saudade afundou-se no abismo da indiferença.

Nada restava senão a penumbra do desejo, o vazio avassalador que preenchia agora o refúgio da sua solidão despojada de sentidos e despida de poesia...

Fanny
 
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Fanny
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