Sonetos : 

O AVERMELHADO PANO

 
Na leda,oculta e sombria rua
já só almas vagueavam gentis
À espera que o próximo seja feliz
Esquecendo o passado marcado na lua


Rezando crentemente pela sorte crua
Evocando a sua macanbúzia matriz
Murchando assim a sua alva flor-de-lis
Flor esta que alentava a sua vida nua


Resignadas com tristeza,se vêem agora
Reflectindo no solitário passado ano
Antes que este se dissipe,e vá embora


Apontam o religioso e ocultam o profano
A podridão e disfarçada nesta hora
Pelo colorido e avermelhado do pano...


Luís Camões





Eternamente Luís Camões /António Plácido

 
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camões
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