Poemas : 

5.º de um ciclo ainda sem título

 
Cinco, este é o teu número, não outro,
porque cinco é somente cinco, é o único
número que se escreve com o mesmo
número, ele próprio, de letras,

cinco frascos na mesa repousando
do teu arseniato de estricnina
que esses teus cinco dedos agarraram,
os mesmos cinco dedos que souberam

erguer os cinco versos de “A minha alma,
fugiu pela Torre Eiffel acima” o
cinco será teu número fatal

no imenso coliseu, gladiador,
onde defrontarás as tuas sombras
para assim inventares tua morte.


Xavier Zarco
www.xavierzarco.no.sapo.pt
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Xavier_Zarco
 
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