Pedes-me o céu
Na trémula constelação do ninho
à luz derramada eu sigo
as cabeceiras de um fágil sopro
em meus cabelos submissos
nas tuas mãos à deriva
Pedes-me a terra
Como quem ascende à navegaçâo nocturna
por caminhos coloridos em desenho de criança
"faz de conta" ilha perdida em cìrculos de giz
na magia de um instante
Pedes-me o mar
Na cálida gota de suor
que rola serena pelos corais do teu corpo
é convite a explorar o tráfego livre
as nossas bocas de espuma
abandonadas no líquido de sabores variáveis das ondas
Dou-te o céu, a terra , o mar
Dou-te a noite incendiada pela majestosa euforia do tempo
que tão breve e sussurrante nos distingue a voz de nos sabermos amantes
ou talvez a apocalíptica fantasia do momento
e, nada mais.
" An ye harm none, do what ye will "