Manifesto anti-poemas de amor

Andraz... quanta profundidade nas tuas palavras.
É bem verdade: se a Força Maior nos dá o dom de escrever, de traduzir o que vai na Alma em forma de palavras, porque não usar isto para levar Luz!

Eu confesso-te que, embora ciente de que seja constituída da mesma partícula de carbono que compôe o Universo... no momento sinto-me uma borboleta que acaba de sair do cásulo: Frágil!
E estou traduzindo o que minha Alma dita... mas, depois passa, não é?

Mas amei teu texto!
Parabéns!

Escrever poemas de amor. não é uma fragilidade da alma, não é uma fraqueza de quem assim escreve mas ssim traduzir em palavras aquilo que ele é, aquilo que o poeta e não só, sente.
O poeta pode escrever sobre o amor e escrever sobre múltipls coisas, mas tem sempre uma preferencia natural.
Estou enganado? se estou agradeço que me explique e não creia que o estou a criticar, estou simplesmente a tentar compreender o seu belo texto.

A. da fonseca

Gosto de ver o reflexo de meu caráter divinal no sorriso de quem amo,e quando meu objeto de desejo e fascínio tomba,o sofrimento pelo necessário afastamento ainda é preferível a certeza de que passei na terra como um ente do cosmo que apodreceu sem conhecer satisfação maior que a masturbação diante do espelho,imerso na minha própria grandeza.Não conheço ser mitológico,infernal ou guerreiro que jamais tenha concedido parte de sua imortalidade a busca por alguma atenção,isto também é amor,não sexo,atenção,a falta dela pode ser dolorosa tanto quanto uma separação.
Sublimamos nossa necessidade para não admitir fraquezas,mas fraqueza diante de quem?

Talvez não pareça,mas sou um solitário convicto,até certo ponto.Gostaria que alguém citasse um exemplo de personalidade similar que não tivesse a marca da mágoa,do rancor,complexo de inferioridade,decepção.A solidão é mostra de força e poder porque renuncia a uma dádiva,dádiva esta banalizada,isto sim me enraivece,seja em poemas ou em filmes estúpidos de flores e borboletas.

Gosto dos poemas de amor porque ele revelam um tipo de grandeza tão própria do ser humano quanto sua fragilidade,por mais cultura,educação,posses,domínio de emoções,perecemos diariamente,lenta e inexorável queda,para sequer lembranças permanecerem,a não ser que o amor,seja ao nosso talento ou outro mais particular permaneça ainda sob o manto estrelado do firmamento que um dia engolirá nosso planeta destruído,na saudade de quem retribui o carinho que gentilmente cedemos,quem ama outrem ama a si mesmo pois colhe frutos de sabedoria e também de regojizo necessário,não felicidade fútil e vulgar,para compreender e construir um sentido para a vida,do contrário,o suicídio soa mais atraente,mas que tipo de glória é a solitária ?

Texto muito bonito,embora eu continue amando,sofrendo e escrevendo de coração esbatido,romantico,mártir,renascendo todos os dias,não completamente despido de minha consciencia distinta e etérea.
Somos deuses reservados aos vermes,fica o ideal,o resto apenas pó esbatido em nuvens não no alto,mas abaixo,varrido pelo último segredo.


Abraços!

Gostei muito do texto, e queria ter essa força. Não tenho. Abraço

é um belo texto

Mas nem todos os poemas de amor são um pedido de socorro... Alguns sao uma iluminaçao que brota da vida...

Mas entendo a sua opinião, por vezes as pessoas temem sair e perder algo e acabam por se afundarem em amores e ilusões...São coisas da vida...

Mas prefiro acreditar que os poemas de amor são apenas o que brotamos de nós, um brotar e um iluminar a vida... Não na ilusão, mas na realidade levada ao mais belo de si... A irracionalidade

Doidos são aqueles que não sentem,
Doidos são aqueles que querem sentir e não sentem, deixando que a sua vida seja apenas vivida através de poemas e cartas de amor, repleto de vazio e ilusao...

Mas realmente o seu texto está muito bom,
Beijos,
Sofia Duarte