Poemas : 

Na Madrugada de Setembro

 
Que noite tão invulgar…
Na qual os insectos mais ousados
Não encantavam nem os ruídos
Dos batuques ribeirinhos assolavam ao calcanhar

Que mais posso versificar
Da baía moribunda,
Ou quiçá da empobrecida bunda
Que nada mais me podia inspirar

Que mais posso escrever se a alma
Cansada de tanto retrato
Daquele homem de pranto
Afugenta a minha inspiração à cama

Cá talvez ser poeta
Não seja assim tão nobre
Porquanto há alguém pobre
Que por amor preferiu ir para outro planeta...

Acreditar que um fio de pensamento
Invada meus desejos nocturnos
Para viajar nos devaneios diurnos
É pacientemente alegrar-se pelo sofrimento...

Nesta madrugada de Setembro
Minhas mãos negras e tão pecadoras
Não resistem à escuridão das horas
E, num poema, do meu amor me lembro.


FAÇO DOS PEDAÇOS DA MINHA VIDA UM POEMA QUE RECONSTROI OS MEUS SONHOS DESFEITOS...

 
Autor
Joséhonório
 
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Enviado por Tópico
SilviaReginaLima
Publicado: 01/05/2009 16:07  Atualizado: 01/05/2009 16:07
Colaborador
Usuário desde: 23/04/2009
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 816
 Re: Na Madrugada de Setembro
alo poeta

como vai? Poema melancólico e sensível...ainda bem que temos a poesia para ajudar-nos nestas horas duras... Um beijo azul

Enviado por Tópico
Frederico Rego Jr
Publicado: 10/09/2009 20:25  Atualizado: 10/09/2009 20:25
Membro de honra
Usuário desde: 15/01/2008
Localidade: Rio de Janeiro
Mensagens: 325
 Re: Na Madrugada de Setembro
Aplaudo essa e outras poesias suas!! Vejo que Angola está bem representada no Luso. Abraços