Sonetos : 

O MOTE DO POETA

 
Tantos louros e tantas multidões
No mote dos eleitos poetas!
Na mira que acerta o palco das ilusões
E risca a folha nua e deserta!

E aí, há a cópula natural
Da alma infinda em noite singela
Depois do grito, a sombra e o pedestal
Faz trilhar a sina e a luta eterna!

Quem sabe um dia ao morrermos tranquilos
Deixaremos uma escrivaninha cheia de sonhos
E tantos elos entre a alma e a saudade

Quem sabe um dia nossos poemas não tenham idade
Mas, nossos desejos sejam como a luz nos olhos
Dos que tanto quiseram, esquecer sofridos destinos!!




"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/05/2009 20:53  Atualizado: 28/05/2009 20:53
 Re: O MOTE DO POETA
Sim, poetisa é certo que deixaremos rastros, em poemas, em uma tela, no carinho que dispensamos com quem amamos...
É certo que muitos se alegrarão, se emocionarão com cada verso que deixa um poeta...


Enviado por Tópico
MALUBARNI
Publicado: 28/05/2009 20:56  Atualizado: 28/05/2009 20:56
Da casa!
Usuário desde: 09/05/2009
Localidade: Viila Nova de Gaia
Mensagens: 294
 Re: O MOTE DO POETA
Núria,como poeta já traçaste um belo trilho e continuas pontilhando-o com formosuras como este poema que apresentas.Bjs.Malu


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 28/05/2009 23:02  Atualizado: 28/05/2009 23:02
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: O MOTE DO POETA
Ledalge,
De facto deixaremos uma escrivaninha cheia de sonhos que em vida tentou apagar os traumas, as dores.
Um soneto sábio para além de muito bem escrito.
Beijinhos na alma
Nanda


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/05/2009 12:03  Atualizado: 29/05/2009 12:03
 Re: O MOTE DO POETA
Cara amiga,

Deixaremos sempre um rasto, por vezes apenas uma brisa, mas não esqueça de apagar da escrivaninha toas as "palavras feridas". Só estas podem acabar com a sua eternidade.

Um beijo

JLL