eu tenho um pranto silencioso
mora nos versos do âmago
a aniquilar o esperar que abrigo
vejo tal pranto
no olhar casto de um puto
defendido pela graça
manifesta na sua desgraça
ignorante inocente
possuidor de um sonho humilde
repleto de certezas e incertezas
possuidor da sua humanidade
é isento como uma peça qualquer da natureza
eu tenho um pranto silencioso
esse pranto não mora só em mim
mora em quem percebe o que é sentir um fim
quando se avista com o vento que devia ser começo
se poderem entendam porque vos conto
a viver por dentro este conto
pois, sei que todos vêem
fazer talvez a minguem convém