Dobra-se o papel,
Em tudo, e tanto, à esquerda e a direita!
E das mais calejadas das mãos,
Salta como tudo, perfeita!
Tão tristonha, a ilustração...
E os dedos torcem,
E se quedam todo na dobra,
Do papel de um azul assim tão dolorido!
Bem são como toda obra...
Um triste esboço sofrido!
E esvaem-se as mãos,
Desgastadas que são, pela dor,
Que se esvaece na dobra azul do papel!
A dor do pouco que restou,
Da cor azul desses céus!
E saltam do papel,
Um a um - os grous mais que tudo -,
E tanto!...E sempre!...E muito sagrados!
Os grous que se esvaecem no luto!
Na dor em que foram dobrados...
(® tanatus – 12/06/2009)