Poemas : 

(Ar)Dor

 
Cai o silêncio
da janela fechada
cortina rasgada
horizonte ardido
perdido
bosque moribundo

quantas árvores morrem no meu peito

incêndio
fogo que foge no vento
sufocante
o momento
em que os cavalos selvagens

no meu peito de árvores mortas

num atropelo
(apelo)
de vida
correm sem direcção
em fuga desesperada
fera amansada,
então.

E
ouvem-se os gritos
de aflição
num estertor
de aves sem asas
queimadas
de solidão.

Neste Verão!Neste Verão!


AnaMar

25 Agosto 2009; Dedicado a um amigo lesado por esta catástrofe; Incêndio de Belas
 
Autor
Nini
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