Poemas : 

olhar negro

 
 


não tirem o vento às gaivotas - sampaio rego sou eu


eu tenho o meu mundo. um que invento todos os dias. sei que por vezes está muito desabitado. talvez de desejos. talvez de virtudes que reclamo e nunca encontro – talvez hoje. saiba fazer outro mundo. um igual a este que tenho. que é o teu [vosso] também – apronto-lhe unicamente uma porta maior. esta porta não será nunca minha. sempre que entrarem sei que o sofrimento vem por arrasto. sempre foi assim – foda-se. estou farto de ver entrar a chuva. por porta que afinal não é minha. é tua porque nunca lá estou para te receber. Estou perdido nos desejos que nunca crescem dentro das mãos que me esganam. o ar é a lama que me deixas nos olhos para não te ver – lambo as feridas para te fazer feliz. terra maldita que hoje reclamas pelo mundo mais sorte. reclamas tu tratamento especial. reclamas limpeza e verdade. – e EU????? – que fizeste por mim. que amparo deste a este luar que se desprende do olhar negro que nasce dentro de ti – não me peças para não dizer que isto é uma puta de uma merda. é e é. e não quero saber se tu, terra de merda, me vais dar mais um sonho – sei que nunca será meu.
 
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sampaiorego
 
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Enviado por Tópico
TRIGO
Publicado: 02/05/2010 06:38  Atualizado: 02/05/2010 06:38
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Mensagens: 2309
 Re: olhar negro
...
olá poeta

eu tenho o meu mundo.
um que invento todos os dias
talvez de desejos. talvez de virtudes
que reclamo e nunca encontro


Espero
que saibas acabar as suas portas! E,
desse luar, a que te referes, o escrevas
sempre!



abraço