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APOTEOSE DO DELÍRIO

 
Na apoteose do delírio, rasgo meus lábios em tua carne que é uma
labareda de lavas incandescentes, vou misturando meus poros com teu suor, para que a cadeia de DNA perpetue-se,
vamos derretendo a era do gelo...
Sou o deserto a te cercar, estou a te tentar, vem me beber a beira mar...
Ah! Delícia...
Sim meu amor, eu estou escutando o o tempo e vejo a cornucópia anunciando aos cavaleiros os prognósticos da guerra,
sabemos que é pra já!
Vamos ultrapassar as folhas de chá, pular no caldeirão das bruxas, vamos delirar?
Vou subjugar-te, dominar-te, domar-te, quero teu lobo selvagem.
Estou a observar-te:
Estais um tanto quanto absorto, ensimesmado, ficando aí no quarto terreno, assim viril, só pra mim?
Não te quero homem!
Te quero, circuncidado, sagrado, quero fera latente, pulsante, febril,
transtornado, amordaçado, ficar enlheada com tua raiz ...
Gosta de rosa? Margarida? Tulipa?
Sou tua flor virginal, então vem?
Convido-te a beber em minha taça sagrada, provar do líquido que sempre foi teu...


Viagem nos sonhos e sintam na alma o que é poesia!

 
Autor
ROSA DO DESERTO
 
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