O rio transborda de dor chuva de fragas 🌸
A chuva cai intensamente
O rio transborda nas margens
Lameiros cheios de água donde
A ponte velha de fragas vai submergir
As lágrimas descem na saudade
A solidão perdeu o ar e não se consegue ver
A alma chora o que é inevitável
O coração sofre como a chuva que cai
Onde o rio transborda de dor
Num mundo de ilusão, sem sentimentos
Um temporal de emoções , voz amarga
Gasta de esquecimento, ferida no horizonte
A chuva cai o rio vai transbordar na ponte
Das lágrimas perdidas
Na dor, com um sinal de esperança
A angústia que falo que o amor às vezes
Faz sofrer demais ausência de alguém
Aquela que por ti sofre na solidão
Angústia tão grande deixa-me tão vazia
Faz parar no tempo tira-me a alegria
Faz-me ter medo lindo segredo
Jamais esquecerei jamais o terei
Sei que nada sei sinto o que falei
A dominar o olhar que descobriu não ouviu
Poderá me tirar a angústia de que falo
Que sinto, que vejo sou a tempestade que passa
O tempo que foge a flor de um jardim
O aroma do café um perfume forte
Uma carta rasgada as dores de alegria
As lágrimas de esperança na chuva de fragas
🌸👒
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
♥Perdi-me encontrei-te*
Não quero perder a minha alma
Como perdi o meu coração a tua procura
Nas asas de uma águia
Vi-te delirante
Desci a montanha do vale encantado
Semeei no teu corpo a minha ternura
Rego as orquídeas do meu desejo
Tiro os espinhos das minhas rosas
Olho os teus olhos deliro com loucura
Nas ondas do mar feitas de espuma
Atravesso as marés de tempestades
Corto as amarras de mim mesma
E só por ti incendiei o fogo
Da verdadeira fonte
Do vale dos meus desejos.
╭•⊰ 🌺
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
♥OS LIVROS DESTE MUNDO *
Os Livros deste mundo
Quando não são lidos
São almas puras e perdidas
Numa terra impura de perdidos
À procura da metade que nos falta
Quando na verdade a metade
Que nos falta é a metade que
Não entendemos ou não aceitamos
Mostra-me os teus versos minha querida
E eu te dou o poema da minha canção
O romantismo não está apenas
Nos meus versos, nos meus poemas
Está quando as nossas almas
Estiverem sedentas de afeto
E os nossos corpos
Sentirem esta necessidade
Os livros partem para a outra margem
Para outras paragens
Onde estão à espera deles
E não serão mais almas tristes
Porque alguém os irá ler com amor, timidez
E ficaram para sempre nas suas lembranças.
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
*DENTRO DE MIM HÁ MIL ♥
Dentro de mim há
Mil viagens por fazer
Mil flores por colher
Mil árvores por plantar
Mil livros por ler
Mil poemas por escrever
Mil amores por amar
Mil noites por dançar
Mil sonhos por realizar
Mil pratos por cozinhar
Mil beijos por dar
Mil dores por esquecer
Mil folhas por cair
Mil primaveras por perfumar
Mil caminhos por percorrer
Mil abraços por dar
Mil mágoas por esquecer
Há sem dúvida mil coisas para viver
A receita para a felicidade
É viver, criar, divertir
Amar , sorrir , dançar
Rezar, meditar, sem limites
“Abra a porta
Para que entre
A luz da felicidade”
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
*NÃO MEU AMOR♥
Não meu amor
Não chegues em remanso
Olha que o meu silêncio fere-me
Abana faz chocalhar ferozmente
Todas as searas de trigo
Que o vento balança
Com os risos de ti
Entre os raios de sol
Agora que o meu coração
Se ajoelhou diante do teu amor
E as lágrimas de felicidade
Saltam dos teus olhos salgados
Sal do mar doce mel
Não chegues em mudez
Pois só o teu amor
Me permite voltar a renascer
Por entre as searas de trigo do teu regaço.
♥
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
*Ó MAR QUE ME QUEIMAS♥
Ó mar que me queimas
E calas este meu corpo
Nas ondas enlaçadas de dor
Como relâmpagos de navalhas
Ó mar que dos astros caem
No vazio de um céu estrelado
As raízes sepultadas no oceano
Morto que se recusa a morrer
Ó mar que não rompas a sepultura
Nas labaredas de tanta perfeição
Sem o ciúme das ondas do meu ser
Na renovada solidão que me é imposta
“A morte é certa
E a vida não é uma tatuagem”
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
♥ A pastora *
Corriça no monte, na serra
Longe de tudo e de todos
Celeiro cheio de palha, de feno
Para as crias, ovelhas e cabras
O brilho dos olhos da pastora
Nunca se conseguirá encontrar
As vozes do silêncio da serra
As trevas travadas
Na noite grande e escura
As mãos e os rostos
Onde ela gostaria de tocar
De dizer aquilo que gostaria de dizer
Fala sozinha com as ovelhas
E o cão ao seu lado seu fiel companheiro
Nas horas tristes e alegres
Semeia o vento, do brilho do seus olhos
Olhos negros revelam-se ao temporal
Menina/senhora de cabelos cor do mar
Anda por caminhos de trilhos na serra
Sem medo do lobo, raposa ou cobra
Sem medo do homem esse bicho animal
Chega à aldeia, já de noite fechada
No seu refúgio, atiça o lume da sua vida simples
Nesta aldeia perdida na serra no monte.
Bela e simples lá vai
a pastora alegre para a vida
🌷
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
♥A MORTE AFAGA OS SENTIDOS*
A morte afaga todos os meus sentidos
Neste meu corpo frágil e gelado
Voa a minha alma num papagaio de papel
Por este céu brilhante, onde queima o sol
Areia branca ou talvez vulcânica
De pedras grandes e pequenas onde ferem os pés
Pés descalços à beira do mar
Deixamos as mágoas, as dores do corpo
Onde a morte afaga os pensamentos
Frágeis, soltos e débeis
Deste meu corpo já tão frágil e gelado
A solidão assusta-me
E ao mesmo tempo seduz-me
Mas não quero estar sozinha
A tua ausência dói em mim
A minha alma chora, a tua em mim
Sobre a mesa está uma carta
Que fala sobre os nossos sonhos
Sonhos, sonhados e não realizados
Tantas coisas de nós, os dois
Escritas numa simples folha de papel
Tantas passagens de nós dois
Das nossas viagens, dos nossos passeios
Vividos e passados em família
Não importa onde iremos amanhã
Nem onde iremos parar
Eu só quero é estar contigo (amanhã)
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
*Os livros soltos 📖♥
Os livros são a leitura, para quem gosta
De amar, de viajar, sem rumo, sem caminho
Um aventura sem compromisso
Que mergulha, de cabeça na imaginação
"Experimente" terá uma aventura única
Como poucas pessoas terão
Em encontrar a paz de viver
Num mundo imaginário onde os dois mundos
Juntam-se e convivem juntos em harmonia
Ler traz-nos a felicidade de viver e saber viver
Um amor, uma paixão, um desejo, um sonho
Uma personagem real ou imaginaria
Sem vertigens, sem surpresas ou talvez
Tenhamos pela frente, se formos capazes de amar
De sentir, de imaginar, de viver inteiramente
Como seres humanos que somos
Se pensamos que já vivemos tudo
Estamos enganados, começamos a viver
Quando perdoamos, amamos
Renascemos sempre que lemos um livro maravilhoso.
Ler trás conhecimento
Entre o sonho
De grandes viagens
Vividas no coração
🌸📖
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
ღSOMOS AQUILO QUE FAZEMOS*
Somos aquilo que fazemos
Somos o que amamos
Somos o vento e a chuva
Somos do mundo e de Deus
Somos a nossa própria solidão
Somos amor e paixão
Somos aquilo que respeitamos
Somos a nossa própria escuridão
Somos medo, angustia, desilusão
Temos as portas fechadas sem tempo
Para ouvir, falar, compreender, perdoar
Sentir, viver e ter esperança
Que o perfume das flores
Nos dê boas vibrações
*
Isabel Morais Ribeiro Fonseca