Despe o olhar como São Sebastião.
Ver-te é devorar pétalas e estrelas;
Vejo fotografias expostas na sala.
És escultura viva, presente de Deus.
A poesia renasce na brancura das telas.
No quarto, despertas a luz das manhãs.
Dos gestos, recordo teatros
impregnados de sentidos
e arte.
Personagens desnudam a alma.
Deslizam na pele e nas palavras.
Escrevo memórias passadas a limpo.
Interpretas meus passos e delírios.
Poemas em ondas deslizam nas águas.